Páginas

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cusco - Introdução

Plaza de Armas (Igreja jesuíta ao fundo)
Muita gente passa por Cusco apenas para ir para Machu Picchu, o parque arqueológico mais conhecido das Américas. Não à toa, a cidade perdida dos Incas é visitada por quase 3 mil turistas todos os dias, disputada a cada clique. 

Mas Q'osqo, em Quéchua, denominada assim por ser considerada, pelos Incas, como "o umbigo do mundo", reserva muito mais para o turista. Seja pelas marcas incas em todos os lugares, seja pelo hibridismo entre esta cultura e a espanhola, ou simplesmente para aproveitar suas ruinhas, lojinhas de artesanatos e restaurantes diversos. 

Vale, portanto, se deixar encantar pela cidade por alguns dias, com calma. Ficamos na região oito dias, dos quais três foram dedicados ao Valle Sagrado e a Machu Picchu. 



Balcão de casarão colonial espanhol

O centro da cidade é a Plaza de Armas, em torno da qual estão reunidos muitos hotéis, bares, restaurantes, cafés, lojinhas, ambulantes, agências de passeios, além das belíssimas e barrocas Catedral e Igreja Jesuíta. É também um lugar de encontro dos cusquenhos: no tempo em que ficamos lá, vimos desfiles na praça praticamente todos os dias. Desfile cívico, escolar, religioso, militar, a favor da paz, de dança. Muita, muita movimentação por ali. 


Bandeira peruana hasteada na praça

Mas a cidade não se resume à praça, obviamente. San Blas é um bairro que reserva algumas boas surpresas, e que fica colado ao centro. Suas ruazinhas sinuosas, desenhadas entre ladeiras difíceis de subir nos 3300 metros de altitude, e cheia de casinas brancas com janelas azuis, é um reduto dos artistas e artesãos de Cusco. Na praça de San Blas, aos sábados, ocorre uma feirinha de artesanato bacana, com preços bem mais em conta do que a lojinhas caça-turistas da Plaza de Armas.   

Crianças brincando na Plaza de Armas

Apesar de ter um porte médio (cerca de 500 mil habitantes, segundo o taxista), os principais pontos de visitação ficam próximos uns aos outros, o que facilita bastante: andar por Cusco é o melhor meio de transporte. É preciso se acostumar à altitude. Verdade. O fôlego falta, o passo fica lento, a respiração difícil, o estômago reclama. Sim, tive o tal soroche, o mal de altitude, mesmo tomando chá de coca e mascando a folha. Inclusive por isso, não subestime Cusco. 

Nenhum comentário: