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sábado, 15 de março de 2014

Mais de Praga

Praça da Cidade Velha (Staromestske námesti)
Conhecer Praga era uma vontade antiga, que foi adiada por muito tempo. Depois de tanto tempo, enfim, ei-la diante de mim, com seus milênios de história, com toda sua beleza, suas pontes, o rio Vltava, e sua extravagância. Foram necessárias algumas boas horas para eu conseguir me acostumar à moeda local, a Coroa Tcheca, com o som daquela estranha língua, com as estreitas e confusas ruas. É um desnorteamento a cada vez que chego numa cidade desconhecida, quando a mente trabalha muito para compreender a sua dinâmica.  


Notas de Coroa Tcheca
Parece estranho, mas o meu parâmetro de preços em Praga era a cerveja. Uma cerveja grande (500 ml) custava em torno de 50 coroas tchecas (ou seja, mais ou menos 2 euros). Então, num restaurante ou em qualquer outro lugar, eu pensava nas 50 coroas da cerveja de meio litro, porque imediatamente conseguia converter o valor para o euro. Se não fizesse isso, acharia tudo caríssimo. Mas a conta é relativamente fácil: 25 coroas tchecas = 1 euro. E pelo preço da cerveja, dá pra perceber que os preços na capital da República Tcheca eram bem comedidos. 

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Fora hospedagem, que me pareceu mais cara que nas outras cidades (a diária custava 42 euros para um apartamento; ou seja, ainda assim era barato), comer e beber é realmente muito em conta. E se quiser comer bem, não deixe de ir no Bredovský Dvur, um restaurante que mais parece uma taverna, mas com atendimento, cerveja e comida excelentes. Foi lá que eu comi o maravilhoso goulash tcheco. 

Anjinhos da fachada da Loreta
Não é preciso ficar hospedado na Cidade Velha (Staré Mesto) para aproveitar bem a cidade. Praga é relativamente pequena, e é possível fazer grande parte dos passeios a pé, inclusive a subida ao Castelo de Praga (Prazský Hrad) e ao Monte Petrín. Ficamos na Cidade Nova (Nové Mesto), a dois passos de tudo. Se por acaso não tiver muito pique para caminhadas, o transporte público é muito barato.

Bancos coberto de neve no Monte Petrín

Catedral de São Vito vista do Monte Petrín
Há inúmeros lugares para ver e visitar em Praga -- e não vou descrevê-los todos aqui. Alguns, como o Museu Judaico (no Josefov) e o Castelo, são um pouco mais caros para entrar, e só valem a pena se você gostar de museu e de passeios históricos. Eu gosto, e entrei. E como estava muito frio por lá, não tínhamos muitas alternativas: era preciso entrar nos lugares para se aquecer um pouco. Em alguns pontos era preciso encarar realmente o frio, não tinha jeito.

Velho Cemitério Judeu

Tanto o Monte Petrín quanto o Vysehrad (um rochedo na parte sul de Nové Mesto) são parques, que estavam lindos com a neve, mas que as outras estações do ano devem privilegiar bem mais. Como eu sou uma criança que adora ver neve, pude me refestelar em ambos os parques, com direito a muitas e muitas fotos. De Vysehrad, têm-se uma vista linda das várias pontes que atravessam o rio Vltava e da parte alta da cidade, Malá Strana e Hradcany. A melhor forma de chegar lá é de metrô, parando na estação que tem o nome do rochedo, mas vários bondes que acompanham o rio rumo ao sul também são boas opções. 

Vysehrad, local de mitos, lendas e histórias reais de Praga
Caminhos: chegamos em Praga de trem, na estação Praha Hlavni Nádrazí (Estação Central de Praga). De lá, como não conhecíamos nada, pegamos um metrô até perto do apartamento. No retorno à estação, descobrimos que de bonde era bem mais fácil... e que daria para fazer a pé tranquilamente. O guia que comprei sugere que não se ande a pé à noite próximo à Praça Venceslau. Andamos bastante e não vimos problema algum. Aliás, a praça é bastante movimentada, lugar histórico (onde se aglomeravam os tanques da Primavera de Praga), centro de compras e com várias opões de restaurantes. Sem medos bobos, portanto. 

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