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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Língua, claro

Em Amsterdam a grande maioria fala não apenas o holandês, mas também inglês - o que torna a comunicação menos difícil. Alguns falam francês, sempre praticamente pedindo desculpas e dizendo: "un petit peu" (um pouquinho). No entanto, em alguns momentos, não necessariamente a comunicação se torna tão fácil.

Entramos em uma tabacaria para comprar alguns postais. Na hora de pagar, o senhor resmungava algumas coisas naquela língua tão distante. Eu olhava para ele com cara de quem não está entendendo nada. Ele repetiu, ainda em holandês. Começa a gesticular, apontando para o postal, e somente então percebemos que ele estava nos perguntando se queríamos o selo do postal. Tudo isso sem perder a gentileza.

Mas a mais bizarra foi no tramway. Segunda-feira, calor infernal em Amsterdam: mais de 30 graus e um bafo terrível de chuva de verão que não cai. Pegamos um tramway sem ar-condicionado para ir para a estação central pegar o trem de volta a Paris. Lá dentro, suando desgraçadamente, a cobradora - uma holandesa loiríssima - pegava o microfone e gritava para que os passageiros fossem mais para a frente (a entrada é na parte de trás). Não, não entendemos uma só palavra do que ela disse, mas ela gesticulava de tal forma que era perfeitamente compreensível o que queria. Questão de língua, claro.

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