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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Primavera de 68

40 anos do maio de 68. Muitas coisas juntas: a leitura de um livro que se reporta diretamente a este movimento, estar no exato local onde tudo começou e em uma época apropriada. Tudo isso junto provoca algumas sensações.

E hoje, 1º de maio, foi dia de manifestações aqui em Paris: de manhã foi o movimento da extrema direita; agora à tarde foi a manifestação da esquerda. Um pequeno grupo daqui da Maison foi para poder acompanhar de perto a passeata vespertina: ela saía da Praça da República e ia em direção à Nation. Não é uma grande caminhada: uma avenida reta e plana.

Na manifestação tinha de tudo: pela libertação de países ocupados ilegalmente pela França, pelos imigrantes ilegais, contra Sarkô principalmente. Várias tribos: roqueiros, colombianos, franceses, latinos, pró-Tibet etc. Fomos passando por cada uma delas até a Nation. Parecia um desfile de carnaval brasileiro: as escolas de samba e seus carros alegóricos; mas com teor político-social. Um pouco decepcionante: esperava uma passeata com objetivo único, ou menos pluralista, com um líder acompanhando tudo. Idealismo demais? Ao chegar na Nation, por exemplo, não havia nada que reunisse os vários grupos, nenhum sinal de homogeneidade entre os manifestantes; ao contrário, todos dispersavam-se. Um grupo cantando o hino comunista, outro com música árabe...

Ficarei atenta para ver se há outras manifestações em comemoração ao maio de 68. Enquanto isso, continuo acompanhando a saga de Tereza e Tomas em Praga e Zurique.

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