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domingo, 4 de maio de 2008

A Megera Domada


O espetáculo de hoje, A Megera Domada, peça de Shakespeare, foi na Comédie Française. A mise-en-scène usa a tradução para o francês de François-Victor Hugo, com uma apropriação bastante moderna de seu texto e que funciona perfeitamente. Não há anacronismos na encenação, nem excessos. Com um ritmo rápido, interpretações irretocáveis, as três horas de apresentação passam deveras rápido (há um entreato de 15 minutos).


Tudo impressiona na peça: o cenário que, embora simples, é genial; os figurinos que são representados por espelhos (é difícil explicar como eles fizeram aquilo: usaram as costas do espelho para colar desenhos que figuravam um figurino de época, embora as roupas fossem normais); a música e o acompanhamento de percussão em todos os momentos da peça e que valoriza os gestos dos atores, bem como intensiva a comicidade de algumas cenas. Para minha primeira peça em terras francesas, acho que comecei bem. Mas, além da Comédie Française, é difícil achar um espetáculo teatral por preço tão em conta; o Théâtre du Soleil, por exemplo, custava 50 euros (as duas partes do espetáculo, que encerrou no dia 20 do mês passado e que eu, infelizmente, perdi).

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